Nossa primeira viagem

Desde que chegamos na Alemanha ainda não tínhamos ido viajar para nenhum lugar, a única coisa que fizemos foi andar por Berlin mesmo, que por sinal, é bem grande, então escolhemos nosso primeiro destino em um lugar próximo para fazermos uma viagem de final de semana.

Uma das coisas que queríamos muito era ir de trem, pois queríamos muito saber como é viajar assim, já que no Brasil esse meio de transporte não e muito comum e sinceramente acredito que foi uma das melhores coisas que fizemos, a viagem durou em torno de 4 horas com algumas paradas rápidas em algumas estações, no começo foi ruim porque a agencia vende muito mais passagens do que lugares do trem, então uma parte ficamos em pé, mas não tem tempo ruim aqui né gente, sentamos no chão mesmo e curtimos a vista, que realmente era muito linda, sabe aquelas cenas de filme que parece que você nunca vai ver, pois é elas existem de verdade.

fotografia por Andressa Barros

Outra coisa que ainda eu não tinha visto aqui e é algo que eu  esperava muito ver quando fosse chegar são as casinhas estilo colonial ou enxaimel com seus grandes telhados, via muito quando morava em Santa Catarina principalmente nos locais onde tem pessoas com descendência alemã.

fotografia por Cássio Moreto

No caminha haviam várias vilarejos acredito eu, que tinham essas casinhas na beira do caminho, algumas pareciam ser bem antigas outras nem tanto, mas pra turista aqui tudo é lindo até um hidrante enferrujado eu acho bonito e quero tirar foto, mas infelizmente quase não fiz fotos do caminho, o trem era muito rápido pro meu celular.

fotografia por Cássio Moreto

Mas enfim, se você gosta de ver paisagens ao meu ver o caminho de trem é muito bonito, imagino que no inverno essas montanhas devem ter neve e deve ser muito bonito também, pra quem não gosta minha sugestão é, vai de avião que chega mais rápido, ou vai de ônibus e feche a cortina, mas viaje, nem que for em pensamento, viajar enriquece a alma.

Fotografia por Andressa Barros

Um beijo pra quem tiro um tempinho para e ler e para quem não tirou também.

Obs: O menino bonito da ultima fotografia eu levei pra casa <3

Sobre escrever...

Definitivamente eu nunca fui a menina das historinhas na escola que fazia a melhor redação, acho que como criança nunca fiz questão, até porque isso ia fazer eu aparecer e eu morria de vergonha de tudo, mas se tinha uma coisa que eu gostava muito essa era ler, me lembro de entrar dentro da capa de uma maquina de costura com uma vela para ninguém me incomodar enquanto estivesse lendo, dai ei cresci um pouco e descobri que o banheiro era um ótimo lugar, só não era melhor porque as pessoas queriam usar e me interrompiam isso quando eu ouvia rsrs. Sempre tivemos muitos livros em casa pois por anos meu pai vendeu livros e as amostras nos renderam uma biblioteca, achava bonito que em muitos livros ele fazia dedicatórias para minha mãe, acho que isso me fez aprender que um livro poder ser o presente perfeito.

coleção favorita 

Já tive outro blog no qual escrevia sobre estética, mas não evolui muito com ele, administro uma página que coloco postagens de coisas que gosto como comidas, receitas, abelhas e tudo que parece ser interessante, e também a página do meu trabalho que são as massas artesanais.
A uns 2 anos atrás tive uma conversa com um amigo chamado Miltom Maciel que é um maravilhoso escritor e ele disse que eu tinha que escrever e que eu deveria me dedicar a coisas minuciosas, sobre escrever isso não foi para o papel, mas ficou no pensamento, e sobre as coisas minuciosas iniciei meu trabalho com as massas que é totalmente artesanal e minucioso como ele me disse. É muito estranho escrever porque você pode escrever sobre qualquer coisa, e tudo pode ficar totalmente sem sentido quando você coloca qualquer coisa sem ter um foco.

Então resolvi falar aqui da minha vida mesmo e sobre minhas memórias relacionadas principalmente ao alimento, pretendo aqui tentar falar um pouquinho de cada pessoa que fez parte dessas minhas memórias que me definem hoje mesmo sem saber a influencia que tiveram no que eu amo tanto fazer, fico feliz de poder escrever sobre muitas delas e em saber que muitas vão ainda poder ler e saber que ainda estão nas minhas memórias, porque normalmente quando encontramos essas pessoas nós não falamos para elas o que elas nos fazem lembrar, então quando escrevemos é uma maneira de falar para elas o quanto somos gratos por terem passado por nossas vidas, talvez eu só esteja levando água na peneira como na poesia de Manoel de Barros, mas antes de saber vou tentar.

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